CID A630 Verrugas anogenitais (venéreas)

Definição de CID A630 Verrugas Anogenitais (Venéreas)

O CID A630 refere-se às verrugas anogenitais, também conhecidas como verrugas venéreas, que são lesões benignas causadas pelo papilomavírus humano (HPV). Essas verrugas podem aparecer na região genital, anal e em áreas adjacentes, sendo frequentemente transmitidas por meio de relações sexuais desprotegidas. O diagnóstico é realizado por meio de exame clínico e, em alguns casos, pode ser necessário realizar uma biópsia para confirmar a presença do HPV.

Etiologia das Verrugas Anogenitais

As verrugas anogenitais são causadas por diferentes tipos de HPV, sendo os tipos 6 e 11 os mais comuns associados a essas lesões. Esses vírus se proliferam nas células epiteliais da pele e mucosas, levando ao desenvolvimento de verrugas. A infecção pelo HPV é bastante comum, e muitas pessoas podem ser portadoras do vírus sem apresentar sintomas. A transmissão ocorre principalmente através do contato direto com a pele infectada durante a atividade sexual.

Características Clínicas das Verrugas Anogenitais

Clinicamente, as verrugas anogenitais podem se apresentar como pequenas protuberâncias elevadas, de superfície áspera ou lisa, que podem variar em cor, desde a pele normal até tons mais escuros. Elas podem ser únicas ou múltiplas e, em alguns casos, podem coalescer, formando lesões maiores. Embora geralmente sejam assintomáticas, algumas pessoas podem relatar coceira, dor ou desconforto na área afetada.

Diagnóstico das Verrugas Anogenitais

O diagnóstico das verrugas anogenitais é predominantemente clínico, baseado na avaliação visual das lesões. Em casos duvidosos, pode-se utilizar métodos adicionais, como a aplicação de ácido acético, que pode tornar as verrugas mais visíveis. A confirmação laboratorial pode ser realizada por meio de testes moleculares que identificam o DNA do HPV, especialmente em casos de lesões atípicas ou em pacientes com histórico de câncer cervical.

Tratamento das Verrugas Anogenitais

O tratamento das verrugas anogenitais pode variar de acordo com a gravidade das lesões e a preferência do paciente. As opções incluem tratamentos tópicos, como a aplicação de podofilina ou imiquimode, e procedimentos mais invasivos, como crioterapia, eletrocoagulação ou excisão cirúrgica. É importante ressaltar que, embora o tratamento possa eliminar as verrugas visíveis, não há cura para a infecção pelo HPV, e o vírus pode permanecer latente no organismo.

Prevenção das Verrugas Anogenitais

A prevenção das verrugas anogenitais envolve a adoção de práticas sexuais seguras, como o uso de preservativos, que podem reduzir, mas não eliminar completamente, o risco de transmissão do HPV. Além disso, a vacinação contra o HPV é uma medida eficaz para prevenir a infecção por tipos de vírus que causam verrugas anogenitais e câncer cervical. A vacinação é recomendada para adolescentes e jovens adultos, antes do início da atividade sexual.

Complicações Associadas às Verrugas Anogenitais

Embora as verrugas anogenitais sejam geralmente benignas, elas podem causar complicações, como infecções secundárias devido a coceira ou irritação. Além disso, a presença de verrugas pode aumentar o risco de transmissão do HPV para parceiros sexuais. Em casos raros, alguns tipos de HPV associados a verrugas anogenitais podem estar relacionados ao desenvolvimento de câncer, como câncer cervical, anal e de orofaringe, ressaltando a importância do acompanhamento médico.

Aspectos Psicológicos das Verrugas Anogenitais

A presença de verrugas anogenitais pode ter um impacto significativo na saúde mental e emocional dos pacientes. O estigma associado às infecções sexualmente transmissíveis pode levar a sentimentos de vergonha, ansiedade e depressão. É fundamental que os profissionais de saúde abordem esses aspectos durante o atendimento, oferecendo suporte psicológico e informações adequadas sobre a condição, tratamento e prevenção.

Importância do Acompanhamento Médico

O acompanhamento médico regular é essencial para pacientes com verrugas anogenitais, não apenas para monitorar a eficácia do tratamento, mas também para realizar triagens para outras infecções sexualmente transmissíveis e câncer. Consultas periódicas permitem a detecção precoce de alterações e a implementação de intervenções adequadas, contribuindo para a saúde geral do paciente e a prevenção de complicações futuras.